Oficina de Crochê do Presídio Regional de Joinville alia ressocialização e solidariedade

A Oficina de Crochê desenvolvida no Presídio Regional de Joinville vem transformando linhas e agulhas em instrumentos de aprendizado, criatividade e solidariedade. O projeto tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre a prática do crochê, estimular a expressão criativa, promover qualificação voltada ao mercado de artesanato e, ao mesmo tempo, produzir peças destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade atendidas por instituições sociais. Atualmente, dez pessoas privadas de liberdade participam da atividade. Cada projeto desenvolvido resulta, em média, na confecção de 30 a 40 peças, todas destinadas à doação.

O início da oficina foi marcado pela iniciativa de um interno que já sabia crochê antes de chegar ao presídio. Com criatividade, ele improvisava suas produções utilizando até mesmo tampas de caneta. A partir desse gesto, a unidade buscou organizar a oficina, reunindo materiais por meio de doações e ampliando o acesso a mais participantes. Esse primeiro instrutor formou seu sucessor, também interno, que, por sua vez, já repassou o conhecimento a outros colegas. Hoje, a oficina está na sua “terceira geração” de instrutores, num ciclo de aprendizado coletivo e contínuo.
Entre os projetos já realizados pela oficina, estão a produção de amigurumis para o Lar de Crianças e Adolescentes Ecos da Esperança, toucas entregues à Rede Feminina de Combate ao Câncer e cachecóis destinados ao Lar de Idosos Lar Doce Lar.

O projeto mais recente amplia ainda mais o alcance social da iniciativa, com a confecção de peças voltadas para pessoas em situação de rua, em parceria com a entidade Casa de Passagem Santo Egídio.
Com cada ponto de crochê, os participantes não apenas aprendem uma nova habilidade, mas também constroem um caminho de ressocialização, aquecendo vidas e levando esperança àqueles que mais precisam.
