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Cerca de 600 pessoas privados de liberdade (PPLs), provenientes de diversas unidades prisionais de Santa Catarina, participaram, entre os dias 22 e 24 de novembro, da 4ª edição da Jornada da Leitura no Cárcere. O evento, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Observatório do Livro e da Leitura, teve como objetivo principal fortalecer o acesso ao livro e à leitura para as PPLs.

Ao longo desses três dias, escritores e especialistas de todo o país se reuniram para discutir a leitura como uma prática transformadora no âmbito social. Também foram abordadas as repercussões da Resolução n. CNJ 391/2021, que trata da remição de pena por meio de práticas sociais educativas, destacando a importância dos livros como instrumentos fundamentais na jornada de reinserção.

De acordo com Joana Mahfuz Vicini, Secretária Adjunta da SAP, as atividades laborais e a participação em programas educacionais são as duas principais ferramentas de ressocialização no sistema prisional catarinense. “A educação no sistema prisional não beneficia apenas os internos individualmente, mas também tem implicações positivas para a sociedade como um todo, promovendo uma reintegração bem-sucedida e contribuindo para a construção de comunidades mais seguras e saudáveis”, ressaltou.

Durante o evento, as PPLs tiveram a oportunidade de participar de painéis e debates sobre a leitura como uma prática poderosa de transformação social, além de assistir a apresentações de boas práticas de leitura no sistema prisional brasileiro e saraus literários com a presença de autores, especialistas, magistrados, egressos, profissionais da administração penitenciária, educadores e voluntários.