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Recentemente, na Penitenciária Regional de Curitibanos, foi implantado o primeiro leitor facial para o controle de entrada e saída dos reeducandos que exercem atividades laborais. Essa iniciativa faz parte de um projeto piloto para integrar e gerenciar informações sobre a movimentação dos internos que trabalham em empresas parceiras dentro da unidade prisional e atividades externas nos municípios de Curitibanos, Santa Cecília e São Cristóvão do Sul.

Nesta fase inicial do projeto, o leitor facial foi instalado no setor de segurança, ponto de passagem obrigatório para todos os reeducandos do regime semiaberto. Atualmente a Penitenciária Regional de Curitibanos possui cerca de 800 presos em atividade laboral, sendo 400 deles no regime semiaberto e já devidamente registrados no novo sistema de leitura facial. O planejamento abrangente inclui a expansão da tecnologia de leitura facial para cada oficina de trabalho e outros setores da unidade, visando monitorar com exatidão todos os movimentos dos internos. Além disso, prevê-se a integração dos dados dos sistemas SAGEP e IPEN, automatizando a inserção de informações cruciais, como remição laboral, gerenciamento financeiro do Fundo Rotativo, autorização para saídas temporárias e deslocamentos para atendimentos médicos, visitas, consultas jurídicas, entre outros.

"Este projeto representa um avanço significativo na segurança e controle do sistema prisional, estabelecendo padrões mais rígidos e eficientes de monitoramento, além de mais rapidez e produtividade ao processo laboral. A implementação do leitor facial não apenas fortalece a segurança interna, mas também proporciona maior precisão, agilidade e confiabilidade nos processos administrativos e penais", ressaltou o secretário da SAP, Carlos Alves.

A próxima etapa do programa abrangerá todas as unidades prisionais do Estado. No momento, Santa Catarina conta com 53 unidades prisionais, onde 8.360 detentos estão envolvidos em atividades laborais, representando 34% da população carcerária do estado. Destes, 6.736 detentos recebem remuneração, o que equivale a 27% do total da população carcerária, marcando o mais alto índice entre todos os estados brasileiros, conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais.