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Na última quinta-feira (03) aconteceu a cerimônia de abertura do novo Centro de Ensino da Colônia Agroindustrial de Palhoça. Esse espaço foi criado com o propósito de proporcionar educação e formação profissional aos detentos da unidade, visando sua reintegração à sociedade como parte do sistema prisional e socioeducativo de Santa Catarina. Essa iniciativa é fruto de uma colaboração entre a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA/Secretaria de Estado da Educação) com o objetivo de fornecer educação àqueles que não tiveram a oportunidade de estudar no ensino fundamental e médio durante a idade adequada.

O Secretário da SAP, Edenilson Schelbauer, enfatizou o compromisso da pasta em fortalecer os programas educacionais e laborais em todo o estado. “Estamos sempre seguindo as diretrizes do Governador Jorginho Mello em promover o trabalho e o estudo pela liberdade como elementos-chave para a ressocialização, visando sua reintegração à sociedade, um dos objetivos do sistema prisional e socioeducativo de Santa Catarina”, afirmou.

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Para Joel França, Diretor do Departamento de Administração Socioeducativa (DEASE), os apenados que se dedicam aos programas educacionais têm maiores chances de melhorar suas vidas e alcançar uma qualidade de vida superior após recuperarem sua liberdade.

A Superintendente de Desenvolvimento Educacional do Departamento de Polícia Penal, Josiane Maria Melo da Rosa, destacou o investimento e os esforços de todos os envolvidos para a concretização do novo Centro de Ensino da Colônia Agroindustrial da Palhoça. “Essas oportunidades que surgem, a partir desta estrutura e a oferta de uma educação com mais qualidade, amplia de forma significativa as possibilidades de capacitação e de reintegração social das pessoas privadas de liberdade”, enfatizou.

Segundo o Coordenador Educacional da unidade, Nestor Machado, hoje são 250 vagas ofertas pela unidade do ensino básico ao superior. “Temos mais 60 alunos em curso profissionalizante pelo Pronatece e formamos recentemente 21 em curso de Rotinas Administrativas”. Machado conta que muitos deles chegam com deficiências educacionais substanciais, mas essas lacunas vão sendo gradativamente preenchidas e os apenados capacitados profissionalmente.

Um dos programas educacionais em destaque é o Projeto Despertar Pela Leitura que desempenha um papel importante ao incentivar a leitura e conscientizar sobre a educação como meio de reintegrar os detentos na sociedade. Cada livro lido resulta na redução de quatro dias de pena, limitando-se a até 12 obras em um ano, possibilitando a remição de até 48 dias a cada período de 12 meses.