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A Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) da Comarca de Joinville está fazendo sucesso junto aos filhos de pessoas em alternativas penais. A campanha “Doe um livro e mude a vida de uma criança”, consiste em incentivar o hábito da leitura desde a infância ao apresentar aos pequenos em universo enriquecedor e de grande importância no aprendizado.

Na campanha educacional a criança que acompanha os pais durante os atendimentos na CPMA escolhe um livro entre os títulos disponíveis para cada idade – todos doados por pessoas físicas ou entidades – e leva para casa junto com um formulário com espaço para uma redação ou desenho sobre o que entendeu da obra. No mês seguinte, o pequeno entrega o livro e tem o direito de escolher nova obra.

“Percebemos que muitas dessas pessoas em pena alternativa traziam seus filhos e com isso vimos a possibilidade de estender os serviços a essas crianças também. Atualmente já atendemos cerca de 100 crianças de 2 a 12 anos e oferecemos 300 livros”, frisou o coordenador da CPMA da comarca de Joinville, Rodrigo Nazário.

Atualmente são 11 CPMAs atuando em todo o Estado de Santa Catarina junto a 141 instituições públicas e privadas, entre elas Secretarias Estaduais e Municipais, Prefeituras, ONGs e demais organizações da sociedade civil. As ações das CMPAs espalhadas por toda Santa Catarina estão trazendo resultados diretos à sociedade catarinense, seja aliviando a pressão sobre o sistema prisional, já que essas pessoas não ingressam nas unidades penais, seja reduzindo custos aos cofres públicos ou servindo como exemplos positivos e diretos de reabilitação social.

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De acordo com Janete Grobe do Prado Bott, Superintendente de Penas Alternativas e Apoio ao Egresso do Departamento de Polícia Penal (SEPAE/DPP), são muitos os exemplos de sucesso das CPMAs no estado. “O sistema de penas alternativas é uma das melhores formas encontradas na busca pela ressocialização em resposta imediata à sociedade, diminuindo a população carcerária e trazendo benefícios diretos à sociedade e às pessoas em penas alternativas”, informou.

Viabilizada por meio de Termo de Cooperação Técnica entre o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina (SAP), a CPMA faz o acompanhamento e execução de penas e medidas aplicadas a infratores que cometeram crimes de baixo potencial ofensivo, sem privá-los do convívio social.